Respeito é a Palavra Chave Contra o Racismo!



Essa semana a morte do líder político Martin Luther King completa exatos 50 anos. Se não bastasse duas mulheres que foram muito importantes em uma época tão obscura, são elas Winnie Madikizela Mandela e Linda Brown. Os três tinham apenas duas coisa em comum, a sua cor e a vontade de lutar pelos seus direitos.




Martin Luther King Jr. foi um lider do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, que ficou mundialmente famoso com o seu discurso em 1963 em Washington, que começava com o impactante "I have a dream" (eu tenho um sonho), e que demonstrava não só a sua vontade, mas de todos os negros que viviam nos Estados Unidos, principalmente, de haver uma igualdade racial, defendendo também o direito de voto igualitário aos americanos. 


 
Winnie Madikizela Mandela, entre muitas polemicas, se tornou uma figura muito importante ao defender os ideias de seu marido na época, Nelson Mandela, que estava preso. Ela vestiu a bandeira pelo fim do apartheid!



Já Linda Brown era apenas uma criança de 9 anos que mudou o posicionamento da Corte Americana em 1950 em relação a segregação racial no país. Seu pai apenas queria que a sua filha estudasse em uma escola pública perto de sua casa, mas acontece que essa escola era uma instituição era reservada apenas para os brancos. Sendo assim, ele ingressou com uma ação para que pudesse matricular Linda nessa escola. No fim a Corte declarou que a lei da segregação racial era inconstitucional, onde violava claramente a "clausula de proteção igualitária", prevista na Constituição.

Obviamente, muitas pessoas negras lutaram pelos seus direitos nessa época tão obscura, mas essa são as pessoas mais famosas, que levaram muitas pessoas as ruas para lutar também. Demorou, mas eles conseguiram. Muita coisa precisa ser mudada ainda, afinal, que acompanha os jornais sabe que muitos negros, nos Estados Unidos ou em qualquer outro país, ainda são assassinados por causa de sua cor. 

Graças a eles, e por muitas outras pessoas que foram e ainda são importante nessa luta, esse assunto não é mais um tabu e existem muitos documentários, reportagens, séries, filmes e livros que tratam dessa realidade assustadora. Falando em livros temos como exemplos:

1- O Sol é Para Todos, de Haper Lee.

SinopseUm livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.







2- A Resposta, de Kathryn Stockett.

Sinopse: Uma história de otimismo ambientada no Mississippi em 1962, durante a gestação do movimento dos direitos civis nos EUA.

Eugenia Skeeter Phelan acabou de se graduar na faculdade e está ansiosa para tornar-se escritora, mas encontra a resistência da mãe, que quer vê-la casada. Porém, o único emprego que consegue é como colunista de dicas domésticas do jornal local. É assim que ela se aproxima de Aibellen, a empregada de uma de suas amigas. Em contanto com ela, Skeeter começa a se lembrar da negra que a criou e, aconselhada a escrever sobre o que a incomoda, tem uma ideia perigosa: escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas. 

Mesmo com receio de prováveis retaliações, ela consegue a ajuda de Aibileen, empregada que já ajudou a criar 17 crianças brancas, mas chora a perda do próprio filho, e Minny, cozinheira de mão cheia que, por não levar desaforo para casa, já esteve por diversas vezes desempregada após bater boca com suas patroas. Uma história emocionante e estarrecedora onde a cor da pele das pessoas determina toda a sua vida. Um livro que, devido ao seu tema, chegou a ser recusado por quase sessenta editoras antes de ser publicado.

A história ganhou adaptação para o cinema, no Brasil com o nome "Histórias Cruzadas". O filme foi indicado ao Oscar em 2012 na categoria melhor atriz, melhor atriz coadjuvante e melhor roteiro adaptado.

3- A Cor Púrpura, de Alice Walker.

SinopseUm dos mais importantes títulos de toda a história da literatura, o romance, A Cor Púrpura, retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra do sul dos EUA da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie, foi abusada desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. O universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. Apesar da dramaticidade de seu enredo, A Cor Púrpura, mostra-se extremamente atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder numa sociedade ainda marcada pelas desigualdades de classes sociais, etnias e gêneros.





4- A Vida Secreta das Abelhas, de Sue Monk Kind.

SinopseO mundo de Lily, uma menina de 14 anos, mercado pela dor e pela morte de sua mãe. Diante de um momento crítico, em que a única pessoa que lhe resta está em perigo, que Lily vai iniciar sua aventura, uma experiência que a abrirá finalmente para o amor. Um romance sobre o autoconhecimento, no qual a solidariedade humana é a abelha rainha que congrega todos os corações a sua volta. 









5- Tempo de Matar, de John Grisham.

SinopseDois homens brancos espancam e violentam impiedosamente uma menina negra de dez anos, numa pequena cidade ao sul dos Estados Unidos. A população da cidade - Clanton, no Mississipi -, apesar da significativa maioria branca, reage com choque e horror ao crime desumano. Mas o drama da menina Tonya e de sua família não pára por aí. Ele ganha dimensão nacional a partir do momento em que o pai da menina consegue um fuzil emprestado, relembra seus tempos no Vietnã e mata os estupradores. A opinião pública se divide e o jovem advogado, Jack Brigance, que assume a defesa, terá que enfrentar toda sorte de perseguições, principalmente por parte da violenta Ku Klux Klan.

Título original: A time to kill.



6- O Ódio que Você Semeia , de Angie Thomas

 
SinopseUma história juvenil repleta de choques de realidade. Um livro necessário em tempos tão cruéis e extremos.

Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
Não faça movimentos bruscos.
Deixe sempre as mãos à mostra.
Só fale quando te perguntarem algo. 
Seja obediente.
Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.
Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.
Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa.
Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. Este é um livro que não se pode ignorar.

Eu sou negra, pelo menos eu me considero como tal, e já sofri preconceito, infelizmente isso acontece você querendo ou não. Mas, a principal diferença entre mim e muitos outros negros, principalmente aqueles que saem na mídia, é que eu possuo condições de me defender enquanto que muitos esse direito de defesa lhe é tirado. Não podemos fechar os olhos para isso, o racismo existe, é uma realidade para muitos e devemos lutar todos os dias para que não retrocedermos, voltando a época da escravidão ou da segregação racial/apartheid, afinal tudo isso começou por causa do sentimento de superioridade da raça branca em relação a negra. Devo ressaltar também que o racismo não é apenas com os negros, podem ocorrer com os brancos, o racismo é um crime que ataca a raça da pessoa, podendo ela ser branca ou negra.

Esse foi um post totalmente diferente dos que geralmente eu escrevo, mas com a morte de duas figuras importantes nessa luta e ainda com o aniversário de morte de Martin, senti que deveria escrever sobre alguma coisa. É como já falei, logo acima, essa é uma luta por todos nós, eles fizeram a parte deles e conseguiram mudanças e não podemos abandonar essa luta e perder o que eles conquistaram para todos nós. Temos sempre que ter em mente que todos são iguais, que todos tem o direito de ter oportunidades, de ser respeitados, independente de suas crenças, de sua cultura, sua cor. Todos somos humanos ou pelo menos todos deveriam ser.



Bom por hoje é só, espero que você tenham gostado e que tenham lido até o final. Talvez você pode pensar que isso não acontece com você e não vê acontecendo com as pessoas que estão ao seu redor, mas por favor, você não precisa ir as ruas, fazer manifestações, post enormes no Facebook ou outras redes sociais, textos não fazem a diferença, o que faz a diferença são as atitudes com que você toma no seu dia dia, apenas respeite o próximo, você não precisa aceitar, apenas respeitar!



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Até a Próxima!


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